Pesquisadores de Harvard,
Yale e Oxford assinam carta aberta à OMS
Por Da redação
Os
pesquisadores pedem não o cancelamento, mas o adiamento ou a transferência dos
jogos “em nome da saúde pública” (Nelson Almeida/AFP/AFP)
Em carta aberta à Organização
Mundial de Saúde (OMS), 125 pesquisadores e especialistas de
diversas universidades de renome mundial pediram o adiamento ou a transferência
dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em meio ao surto do vírus da zika. Entre
os nomes estão especialistas de Harvard, Yale e Oxford e uma brasileira que
atua na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Os jogos estão previstos para
acontecer no Rio entre 5 e 21 de agosto deste ano.
Na carta
enviada à OMS e copiada para o Comitê Olímpico Internacional (COI), os
pesquisadores frisam que não estão pedindo o cancelamento, mas o adiamento
ou a transferência dos jogos “em nome da saúde pública”. Eles afirmam que
o surto de zika no Brasil tem afetado a saúde de uma maneira “nunca vista
antes” e relembram a relação do vírus com a microcefalia em bebês. Os
pesquisadores também alertam que síndromes raras, como o
Guillain-Barré, podem ser decorrentes do vírus e, em certos casos, o
zika pode levar à morte.
Para os
pesquisadores que assinam o documento, 500.000 turistas e atletas estrangeiros
que devem comparecer aos jogos estão correndo um risco desnecessário de
contrair a doença. Isso aumenta as chances de que voltem aos seus países de
origem contaminados, espalhando o vírus globalmente. “É antiético correr o
risco só pelos jogos, que podem ocorrer de qualquer maneira se forem adiados ou
transferidos”, afirmam os pesquisadores na carta.
Os
especialistas ainda reforçam que os programas de contenção do mosquitoaedes aegypti (vetor da doença) foram
insuficientes no Brasil e que o sistema de saúde do Rio segue
“fragilizado”. A OMS ainda não comentou a carta.
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